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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um dia não muito legal

Definitivamente, tô cansando de tentar entender o ser humano! Num dia ciúmes, no outro indiferença. Num dia carinhos, no outro crises existenciais. Acho que preciso renascer mais umas dez vezes para perder o medo de deixar as coisas para trás. A bola já tá cantada que não vai dar certo, que começou errado (mentira ainda se sustenta, e hoje eu tive a confirmação do que eu sempre soube), que são momentos mágicos singulares não-interligados e não há solo fértil para esta semente porque ela não sabe que planta quer ser. O que eu me pergunto é porque não consigo mais controlar algo que antes era tão fácil para mim. O que eu evoluí em humanidade, regredi em autopreservação. A Larissa antes carregava uma muralha, hoje sai às ruas de peito aberto - e quase sempre é atingida. A vida é irônica. Quem me quer eu tenho repulsa, quem eu quero é indiferente, quem não sabe o que quer, eu sei que não quero mais! Não dava pra fazer um intercâmbio de emoções??? Passagem talvez só de ida... A cada dia, lembro mais da Sóror: "você já passou do tempo de acreditar em príncipe encantado". Sábias palavras! Mas eu não espero um "príncipe" há anos. Só espero alguém que me faça feliz, que não mude o humor de acordo com as fases da lua, que me respeite, me trate bem - e que seja capaz de sentir. Como no poema de Shakespeare, "e não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam". Me pergunto qual era a missão para a qual eu pedi ajuda antes de encarnar. Não creio que seria algo assim, tão carnal, tão humano, tão fraco. Deve ser algo muito maior, e eu prefiro que seja. Queria conseguir viver na simplicidade que tanto me falam. Não sou simples. Nunca fui. Às vezes me pergunto se o hábito de raciocinar foi um bom dom. Queria ser mais vazia, de coração menos pretensioso, mente mais livre, pensamentos mais soltos. Sinto dentro de mim emoções que não me cabem no peito de tão grandes que são, mas parece que sempre escolho as caixas erradas para guardá-los. Queria viver uma grande história. De verdade. Sem ressalvas, sem "era bom, mas...", sem dúvidas, sem medos. Uma única vez, fosse curta ou longa, mas que fosse verdadeiramente linda. Tive muitos bons momentos com o François, não posso dizer que nunca fui feliz, mas posso dizer que nunca fui plenamente realizada, tratada como eu gostaria de ser. Sempre faltava alguma coisinha, a que sempre me encantou, me ganhou, me cativou, e que só tive de quem não esperava e senti falta de quem queria que me desse. Recebi hoje olhares lancinantes que não sei o motivo, mas sei que são sinal de algo que não sei o quê. E talvez nunca venha a saber. Depois ouço que penso demais, complico demais, pressiono demais... Mas como prender algo que me exala dos poros? Como conter tanta coisa guardada há tanto tempo? Algo que ainda não se tornou nem metade do que sou capaz de sentir, mas que me pergunto se já estou sentindo. Não sei. Mas preciso. Preciso aprender a reformular valores, e a me proteger novamente. Hoje não estou num dia bom. E como sempre, minha transparência me entrega. Muitas pessoas me perguntaram hoje se eu estava bem. Meus olhos desmentiam o que minha boca dizia. Sinto saudades. Sinto medo. Quero colo! "Se um dia eu morrer, que seja de amor, pois o fardo da dor que carrego tem-me feito curvar-me demais, e este peso me dói..."

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