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terça-feira, 29 de maio de 2012

O passo para trás mais doloroso...

Acabei de fazer uma das coisas mais difíceis dos últimos tempos.

Coloquei meu carro à venda. Publiquei no Webmotors e no Facebook.

Chorei dez dias atrás ao tomar consciência disso. Chorei dois dias atrás ao fotografar o carro. Chorei ao terminar de escrever o anúncio. Chorei ao escolher as fotos. E estou chorando de novo escrevendo aqui.

Já fiz e refiz cálculos e projeções e sei que, se eu quiser reorganizar minha vida financeira, eu tenho que abrir mão dele. Eu sei que não nasci de carro e que um dia posso comprar outro. Acho que o problema não é o carro em si, mas o que ele representa.

Diante de tanta dificuldade, ele era o único "luxo" que eu ainda tinha. Era a única conquista que persistia, já que tantas outras ficaram pelas trilhas que deixei atrás de mim. Meu conforto de poder fazer meus extras de fotografia sem depender de ninguém. De poder sair a qualquer hora, e ir a qualquer lugar. De ir a São Paulo resolver algum problema ou apenas assistir a algum show. A independência de transporte que eu tinha desde os meus 22 anos e que agora, aos 28, eu perco. A ferramenta que me permitia, num único dia, ir ao Pilates, ao trabalho, à fisioterapia e ainda chegar na faculdade no início da primeira aula.

O preço da minha escolha. Um ano e meio atrás, achei que pudesse resistir a estes tempos, este fardo que tem me pesado mais do que eu esperava. Mas não pude. Não tenho o controle de nada, e criei uma expectativa de crescimento rápido que não foi atendida e nem será tão cedo. Fui deixando muitas "vitórias" pelo caminho: a Fatos, o Tuxi (que me deixou, e sempre me fará muita falta), Nextel, algumas (falsas) amizades, o prazer de fazer compras, viajar, sair várias vezes numa mesma semana. O carro era só o que ainda me restava, e agora ele também vai embora.

Aos 28 anos, me vejo pior do que nunca estive: volto aos "bens" dos meus 19 anos com duas diferenças: uma faculdade que finalmente vou terminar e uma dívida impagável sobre os ombros, que só eu sei a força que faço para carregar.

Apesar de tudo, não me arrependo de ter deixado o calabouço para trás. Só me arrependo de como gastei o dinheiro que ganhei. Deveria ter me planejado melhor, achei que como das outras vezes Deus me abriria uma janela. Mas desta vez foi diferente. A janela que se abre é a de um outro tipo de crescimento. Talvez eu precise disso neste momento para me tornar um ser humano menos materialista, mais espiritualizado, menos compulsivo, mais equilibrado.

Eu posso enxergar tudo isso. Eu sou uma Matemática, já coloquei tudo em planilhas com valores e datas. Meu lado racional sabe o quanto isso é necessário. Mas também sou humana, sou fraca, sou fútil e queria poder não precisar passar por isso.

São muitos problemas ao mesmo tempo. E ultimamente, não há nada que tenha vindo ao meu encontro para me confortar. Sinto-me sozinha no olho do furacão. Muitas pessoas se dizem "presentes", mas pouquíssimas realmente estão preocupadas comigo. Estão centradas demais em seus próprios problemas e não posso culpá-las por isso.

No fim, a venda do carro é o atestado do meu fracasso. De todas as merdas que eu já fiz, de todas as pessoas com quem (não) posso contar, do quanto eu me prendi a coisas efêmeras e me esqueci das principais.

É difícil admitir isso. Meu orgulho sempre tão evidente me tortura. Sinto-me pequena, inútil, incapaz. Mas a grande verdade é uma só: eu fracassei. Em todos os sentidos que eu havia dado pra minha vida, eu falhei. Em relacionamentos, profissão, formação, finanças, nada do que eu projetei/me apeguei/construi deu certo. Aliás, até aqui deu tudo errado! De todos os recomeços, este sem dúvida foi o que me atingiu mais.

Hoje eu derrubei a última carta do meu castelo de areia. Hoje eu admiti publicamente o tamanho do meu fracasso. E isso está me machucando demais!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Melhor Time do Brasil é o Santos - Premiere FC

Achei IRADO esse vídeo!

Pena que não consigo capturar pra gravar pra mim!

O Melhor Time do Brasil é o Santos - Premiere FC