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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Crônica de Martha Medeiros

Eu AMO esse texto: Leio, assino embaixo e repasso!


Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um
belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'. Tá certo
que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado
mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava
muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e
terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to comendo um
lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que
decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu
ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não
volta pra mim?

Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de
ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que
se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos,
espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada,
absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.

Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava
ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de
qualquer jeito!

Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e
resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários
livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas,
quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas
eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu
não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma
super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.

Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha
companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar
sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de
viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip,
cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30
livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes,
torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e
história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as
roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor
mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento
charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a
inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que
também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio
absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias
querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher
para ele.

Até que algo sensacional aconteceu...

Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão
mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele.  Ele quem
mesmo???

Martha Medeiros

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dia dos Namorados - e daí?



Não sei se é falha do firewall ou se resolveram desbloquear tudo que estava bloqueado... O fato é que hoje estou no pique de escrever e consegui acessar meu blog, então cá estou.

Mais um ano que se passou e se aproxima outro Dia dos Namorados. Confesso que ano passado dei uma leve surtadinha quando o dia se aproximou - um mês depois de um chute na bunda, e eu não passava um Dia dos Namorados sozinha há "apenas" 9 anos... Ainda estava me reencontrando com a vida de solteira, mas mesmo assim não fiquei em casa chorando, saí com as meninas e fomos pra rua comemorar a "Noite das Solteiras".
Esse ano, pela primeira vez, a proximidade da data está me irritando. Vejo tanta gente (principalmente no Twitter) choramingando que vai passar o dia sozinha e isso me faz pensar: qual é a diferença de se estar sozinha nos outros 364 dias do ano???

Aos 25 anos (ou seja, já faz um ano), eu descobri que não precisava de ninguém pra provar que eu posso ser desejada com qualquer idade ou tamanho; descobri que as pessoas de quem eu menos desconfio são as que podem estar mais a fim de mim; descobri que grandes paixões vem de quem a gente menos espera; descobri que a minha felicidade independe de estar solteira ou namorando e, principalmente, APRENDI A GOSTAR DE VIVER SOZINHA.

Também na mesma época, descobri que eu sou uma mulher num patamar que eu jamais me julgava: a verdadeira "assusta-homens"! Além de não ser feia, tenho outros "defeitos" que os assustam (sou decidida, não sou falsa puritana, bom emprego, tenho carro, cérebro...). Conheci (de um jeito não muito legal) a sensação de saber que um cara se sente intimidado por vc - e homem quando tá inseguro da "performance" é pior do que um adolescente de 15 anos...

Aí cheguei num ponto da minha vida onde eu me descobri MUITO feliz sozinha. Aprendi a ser segura e independente emocionalmente (tinha sido o oposto durante a minha vida inteira). E por aprender, não tenho mais a pressa nem a necessidade de encontrar ninguém que "me complete" (até porque eu não sou tanque de carro), e quando tento me imaginar com alguém, me sinto sufocada só com a idéia!

Será que toda mulher, pra aprender a se valorizar, tem que tomar um pé-na-bunda? Porque eu só aprendi a considerar como qualidade muitos "defeitos" meus quando tomei o chute e enxerguei que o "problema" não estava em mim...

Eu fico analisando tantas amigas mais novas que eu tenho que se lamentam pela solteirice, e o quanto elas poderiam ser felizes aproveitando essa fase...  Ao mesmo tempo, me pergunto quanto tempo eu vou continuar com essa aversão a coleiras e amarras. O mundo está tão colorido agora, e não vejo como conciliar as duas coisas.

A única coisa de que às vezes eu sinto falta é de um contato mais "carnal", o que pode ser facilmente resolvido com "cachos", como diz a minha irmã. Como pessoa, nunca me senti tão completa.

Estou me aproximando do meu segundo Dia dos Namorados solteira, ainda sustentando aquela vontade feminina de ser mãe um dia, me aproximando dos meus 30 anos de idade... E enquanto todos se casam e se acomodam, eu só quero ganhar o mundo e protelar por mais algum tempo todas essas correntes tradicionalistas da sociedade pra poder realizar sonhos que eu só consigo se estiver livre para voar...

Eu namoro há um ano e oito dias comigo mesma, aprendendo muito sobre mim todos os dias e estou cada vez mais apaixonada. Se eu pudesse colocar a receita num pó mágico, distribuiria pelas ruas para que tantas pessoas depressivas e solitárias aprendessem a ser felizes...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Fase meio negra essa semana...

Hoje estou particularmente irritada. E isso pq nem TPM eu tenho mais!

O Santos foi campeão paulista no domingo. Reflexo de uma temporada fantástica que talvez nunca mais eu veja de novo. Curti cada jogo, quando estava viajando perguntava ao meu pai dos resultados, aproveitei o máximo que eu pude. Coroei com uma ida na Vila pra ver a taça chegar... Coroa manchada com uma pirralha vândala que roubou a bandeira que eu e meu pai tínhamos comprado pra colocar no carro e ainda me quebrou o limpador traseiro do carro... Mas enfim, foi bom, foi lindo, eu tremi durante os últimos quinze minutos de jogo, foi um puta sufoco, mas valeu a pena!

Fiz a prova do Dataprev no dia do jogo também... Salário bom, tinha praticamente um candidato por vaga e não tinha mínimo de acertos... O problema é que é nível superior... Acho que foi a primeira vez que eu me inscrevi pra um concurso de nível superior... Espero que demorem pra chamar, ou eu mifu!

E também no domingo, meu PC parou de funcionar (de novo!). PQP, qdo eu tenho pressa pra fazer as coisas é qdo essa lata velha me deixa na mão...

E de ontem pra hj, eu estou com o Toque de Mierdas (é, é o contrário do Toque de Midas...). Tudo que eu peguei pra fazer no trampo tá encalhando; minha vó Lourdes tá doente (dengue hemorrágica) e internada, minha mãe foi dormir com ela e eu me estressei com o meu pai; o pé que já tá machucado desde quinta-feira; perdi aula na faculdade simplesmente pq meu apto alagou (entupimento do cano do prédio, a água toda da coluna voltou pelo ralo do tanque e cinco mulheres de rodo na mão tentando minimizar a tragédia - eu, Vivian do apto. 11, d. Joana do apto. 14, minha mãe e a Suelen)... Enfim, foi um dia de merda!

Aí acordei hoje, respirando fundo e acreditando profundamente que o dia seria melhor... Estudei na hora do almoço, tava tudo tranquilinho... Até o Cláudio me mandar um coice por e-mail que eu respondi na mesma "altura" (???) que ele usou pra me mandar... Tô com raiva de me cobrarem por algo que não me deram estrutura pra fazer... O que me consola é pensar que finalmente chegou a época das provas da CEF, BB, e mais essa da Dataprev que eu não esperava... E lembrar que falta pouco pra eu sentar naquela mesa e falar: "estou pedindo minha demissão, onde eu assino?".

Minha vó Lourdes não está bem. Minha mãe falou para eu visitá-la hoje sem falta. Pela primeira vez, estou preocupada. Tive de novo aquela sensação de qdo minha mãe me ligou na última internação da Rose, e isso me incomoda. Não tenho mto contato com a minha vó, mas tb não tenho raiva. Gosto dela, tenho pena dela por tudo q já sofreu na vida e nunca consegue ter um pouco de paz...

Estou me sentindo pesada. Carregada de energia ruim desde que voltei do Rio. Preciso me limpar, e entender de onde estou pegando essa energia ruim.

Cada vez mais, sinto que preciso mudar de ares...