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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Desde o meu aniversário...

Bom, duas semanas se passaram desde o meu último post, e muita coisa estranha tem me acontecido desde então.

Os outros motivos que me fizeram detestar meu aniversário foi que, no dia 08 (sexta-feira) eu marquei de ir no Grill, e marquei lá apenas porque era um ambiente "neutro" entre balada e lugar chatinho. Convidei entre 75 e 80 pessoas... CINCO foram: Magno, Pathi, Wilker, Letícia e Marcelle. Resumo da ópera: comprei uma garrafa de vodka achando que vinha mó galera, não veio ninguém, quando vi já tinha tomado meia garrafa, tomei um porre e fui dormir na casa da Pathi.

Mas o que me magoou não foi o porre: foi ver que o tempo foi passando, que tanta gente me deu certeza de que iria (principalmente as pessoas mais próximas: Kika, Vivian, Marcia, Isabela, Paula) e que todo mundo me deu o cano. Senti-me péssima. Bateu novamente uma sensação que eu conhecia muito bem quando era adolescente: a de que não gostam tanto de mim quanto eu achava. Senti-me sem importância nenhuma na vida destas pessoas, sem nenhuma prioridade. Eu quase desmarquei esta merda por causa do Tuxi, só não o fiz em consideração às pessoas que eu tinha convidado e o que aconteceu? Bela consideração dos outros para comigo!

Eu ainda esperava que, no dia seguinte, algumas pessoas me ligassem para dar uma satisfação. Mas isso a gente só faz com quem é importante pra gente, e logo ninguém me ligou.

Depois disso, mais a pancada do Tuxi que já tinha me abalroado no começo da semana, bateu-me uma tristeza e uma carência que há muito não sentia. Uma carência funda, velada, uma sensação de solidão extrema que não me acometia (falei bonito, né? rsrsrsrs...) desde sei lá... Desde aqueles anos em que eu tinha aquelas crises de vazio de quem eu sou, o quão minúscula sou diante do mundo e me via em 3ª pessoa (maluquices que não acontecem com ninguém normal!).

Na noite seguinte, fui na Uptown com a Paula e o Rafael (carinha que ela está saindo). Tecnicamente falando, era a última comemoração do meu aniversário. Sabendo-se que só os dois estavam comigo, é fácil dizer como foi. Além de estar chateada da noite anterior, mais a carência que me bateu depois que o Tuxi nos deixou, ainda fiquei segurando vela de casal recém-apaixonado.

E as coisas estranhas começaram aqui: nesta mesma noite, pedi para vir embora mais cedo. No sábado seguinte, Revival (que eu já fui sem querer ir) e também pedi para vir embora mais cedo. E nos demais dias, nem saí.

Estou assustada. Tenho medo. Tenho chorado com uma certa freqüência, tenho ido muito menos às baladas, tenho dormido demais e sorrido de menos. Acabou aquela fortaleza indestrutível da Larissa. Aquela alegria contagiante, aquele pique a 1.000km/h, aquela auto-estima lá no teto desmoronou.

Todas aquelas pessoas não tem idéia do quanto me machucaram, do quanto elas eram importantes na minha vida e o quanto senti falta delas. E o Tuxi sabia o quanto era importante na minha vida, mas chegou a hora dele partir e não pôde ficar mais tempo comigo. E é muito ruim chegar em casa de noite e não ouvir o miado dele, nem sentir aquela bolinha de pelo dormindo nas minhas pernas nas madrugadas.

Acho que eu não tinha sentido tanto quando meu namoro acabou porque eu me vi rodeada de amigos e também de novos "amores". E apoiada pela família. E quando me vi sem amigos, me vi de novo naquele estado de "alerta" que eu sempre vivi e que é o responsável pelo meu dedo-podre - aversão a estar sozinha. E é assim que eu tenho me sentido. Não tem mais baladas, mas não pelas baladas em si, mas pq cada pessoa começou a se voltar para "outros lados" e não me incluem nestes lados. Algumas começaram a namorar/enroscar, outras se voltaram a outras amizades e, como sempre, eu sobrei. Sem amigos, sem enrosco, sem baladas, sem calor humano, sem gargalhadas e histórias pra contar.

E é nessas horas que desperta o lado invejoso e egoísta que todo mundo tem e tenta controlar. Jamais da Marina e da Pathi, elas estão "imunes" (rs...). Mas vejo certas pessoas que estão conhecendo outras pessoais legais e eu sem nenhum enrosquinho pra passar o tempo... Pessoas que se casaram e a minha vida parada no tempo... Pessoas que passaram pela minha vida, me pisaram, me esqueceram e estão felizes com outras pessoas... Pessoas que se divertem e eu dormindo em casa. A vida correndo lá fora e eu olhando a chuva pela janela.

Estou mal. Muito triste. Sinto muita falta dos tempos de balada até 8h da manhã, Tuxi saudável, amigos, amores, paixões e emoções. Sinto que joguei fora quase dez anos da minha vida desde que terminei meu colegial e não concluí nada que comecei.

Se é uma fase, quando ela acaba? Alguém me socorra, preciso de um colo, não estou bem e não quero gritar pra quem não me olha.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Um momento de muita, muita dor




Sinceramente, tô começando a acreditar no que a Pathi falou: Ano Novo é só mais uma madrugada. Porque o ano mudou, mas a fase ruim continua.

Essa semana foi meu aniversário e mais uma vez o karma se confirma: acho que foi uma das piores semanas da minha vida.

No sábado passado, o Tuxi estava muito ruim e o levamos ao veterinário. Meu "presente" de aniversário de 26 anos foi aplicar a primeira injeção da minha vida: Buscopan no Tuxi pra que ele parasse de sentir dor.

Na segunda-feira, dia 04, ele piorou mais ainda. Não comia nem tomava água e ficou fraco, já não estava andando mais e sim se arrastando. Chorei muito - um choro misturado com gritos de dor, uma dor que jamais imaginei que pudesse sentir. E senti também que a perda era iminente e no dia 05 não quis trabalhar para ficar com ele.

Depois de quase 18 anos de companheirismo, de dedicação, de amor incondicional, o Tuxi nos deixou no dia 05 de janeiro, ao meio-dia. Parece que ele estava esperando apenas que o meu aniversário passasse. Ele morreu nos meus braços, no meu colo, totalmente sem forças até para mudar de posição. Como está doendo essa perda! Quando chego em casa, ainda parece que vou encontrá-lo deitado no chão da sala ou no sofá me esperando para dormir. Estranho o espaço no banheiro sem a caixinha dele de tantos anos, sem o pote de ração ou de água. Sinto como se ele ainda estivesse nesta casa, sinto a sua presença aqui forte como sempre. Me pergunto se isso é porque a ficha ainda não caiu ou se o espírito dele ainda está aqui, tomando conta da gente.

Na hora da perda, quis terminar com dignidade uma história linda que tinha começado há tantos anos. Escolhi o lugar para enterrar - um jardim muito verde, bem cuidado, e perto de casa para que eu possa ir lá sempre que sentir saudades. Há muitos anos, eu o trouxe para casa numa caixinha de sapatos. E foi numa caixa que o levei embora, no meu colo, chorando sobre o corpo vazio de espírito. Nessa hora, nem a religião me confortou. Senti pela primeira vez o que realmente é a perda de alguém querido, sem poder fazer nada para evitá-la. E descobri que tudo o que já chorei por namoros e besteiras é tudo um monte de lixo que não merecia uma única lágrima. A perda do Tuxi, sim, é que doeu fundo. E ainda dói. E lembrar dele me faz sorrir, mas também me faz chorar. É um amor eterno que nunca vai sumir, e é um companheiro que eu jamais vou esquecer. Que me fez companhia em todas as tardes sozinhas nos tempos de escola; que ficou ao pé da minha cama em todas as vezes que operei por algum motivo; que dormia comigo todas as noites encaixado entre as minhas pernas. Como sinto saudades desse gato!

Esse post vai ser somente do Tuxi. Agora estou incomodada com outras coisas também, mas ele foi e sempre será o nosso "guardião branco" como a minha mãe botou no Orkut, e ele merece um espacinho só dele aqui no blog.