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terça-feira, 18 de maio de 2010

Dia dos Namorados - e daí?



Não sei se é falha do firewall ou se resolveram desbloquear tudo que estava bloqueado... O fato é que hoje estou no pique de escrever e consegui acessar meu blog, então cá estou.

Mais um ano que se passou e se aproxima outro Dia dos Namorados. Confesso que ano passado dei uma leve surtadinha quando o dia se aproximou - um mês depois de um chute na bunda, e eu não passava um Dia dos Namorados sozinha há "apenas" 9 anos... Ainda estava me reencontrando com a vida de solteira, mas mesmo assim não fiquei em casa chorando, saí com as meninas e fomos pra rua comemorar a "Noite das Solteiras".
Esse ano, pela primeira vez, a proximidade da data está me irritando. Vejo tanta gente (principalmente no Twitter) choramingando que vai passar o dia sozinha e isso me faz pensar: qual é a diferença de se estar sozinha nos outros 364 dias do ano???

Aos 25 anos (ou seja, já faz um ano), eu descobri que não precisava de ninguém pra provar que eu posso ser desejada com qualquer idade ou tamanho; descobri que as pessoas de quem eu menos desconfio são as que podem estar mais a fim de mim; descobri que grandes paixões vem de quem a gente menos espera; descobri que a minha felicidade independe de estar solteira ou namorando e, principalmente, APRENDI A GOSTAR DE VIVER SOZINHA.

Também na mesma época, descobri que eu sou uma mulher num patamar que eu jamais me julgava: a verdadeira "assusta-homens"! Além de não ser feia, tenho outros "defeitos" que os assustam (sou decidida, não sou falsa puritana, bom emprego, tenho carro, cérebro...). Conheci (de um jeito não muito legal) a sensação de saber que um cara se sente intimidado por vc - e homem quando tá inseguro da "performance" é pior do que um adolescente de 15 anos...

Aí cheguei num ponto da minha vida onde eu me descobri MUITO feliz sozinha. Aprendi a ser segura e independente emocionalmente (tinha sido o oposto durante a minha vida inteira). E por aprender, não tenho mais a pressa nem a necessidade de encontrar ninguém que "me complete" (até porque eu não sou tanque de carro), e quando tento me imaginar com alguém, me sinto sufocada só com a idéia!

Será que toda mulher, pra aprender a se valorizar, tem que tomar um pé-na-bunda? Porque eu só aprendi a considerar como qualidade muitos "defeitos" meus quando tomei o chute e enxerguei que o "problema" não estava em mim...

Eu fico analisando tantas amigas mais novas que eu tenho que se lamentam pela solteirice, e o quanto elas poderiam ser felizes aproveitando essa fase...  Ao mesmo tempo, me pergunto quanto tempo eu vou continuar com essa aversão a coleiras e amarras. O mundo está tão colorido agora, e não vejo como conciliar as duas coisas.

A única coisa de que às vezes eu sinto falta é de um contato mais "carnal", o que pode ser facilmente resolvido com "cachos", como diz a minha irmã. Como pessoa, nunca me senti tão completa.

Estou me aproximando do meu segundo Dia dos Namorados solteira, ainda sustentando aquela vontade feminina de ser mãe um dia, me aproximando dos meus 30 anos de idade... E enquanto todos se casam e se acomodam, eu só quero ganhar o mundo e protelar por mais algum tempo todas essas correntes tradicionalistas da sociedade pra poder realizar sonhos que eu só consigo se estiver livre para voar...

Eu namoro há um ano e oito dias comigo mesma, aprendendo muito sobre mim todos os dias e estou cada vez mais apaixonada. Se eu pudesse colocar a receita num pó mágico, distribuiria pelas ruas para que tantas pessoas depressivas e solitárias aprendessem a ser felizes...

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