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domingo, 10 de janeiro de 2010

Um momento de muita, muita dor




Sinceramente, tô começando a acreditar no que a Pathi falou: Ano Novo é só mais uma madrugada. Porque o ano mudou, mas a fase ruim continua.

Essa semana foi meu aniversário e mais uma vez o karma se confirma: acho que foi uma das piores semanas da minha vida.

No sábado passado, o Tuxi estava muito ruim e o levamos ao veterinário. Meu "presente" de aniversário de 26 anos foi aplicar a primeira injeção da minha vida: Buscopan no Tuxi pra que ele parasse de sentir dor.

Na segunda-feira, dia 04, ele piorou mais ainda. Não comia nem tomava água e ficou fraco, já não estava andando mais e sim se arrastando. Chorei muito - um choro misturado com gritos de dor, uma dor que jamais imaginei que pudesse sentir. E senti também que a perda era iminente e no dia 05 não quis trabalhar para ficar com ele.

Depois de quase 18 anos de companheirismo, de dedicação, de amor incondicional, o Tuxi nos deixou no dia 05 de janeiro, ao meio-dia. Parece que ele estava esperando apenas que o meu aniversário passasse. Ele morreu nos meus braços, no meu colo, totalmente sem forças até para mudar de posição. Como está doendo essa perda! Quando chego em casa, ainda parece que vou encontrá-lo deitado no chão da sala ou no sofá me esperando para dormir. Estranho o espaço no banheiro sem a caixinha dele de tantos anos, sem o pote de ração ou de água. Sinto como se ele ainda estivesse nesta casa, sinto a sua presença aqui forte como sempre. Me pergunto se isso é porque a ficha ainda não caiu ou se o espírito dele ainda está aqui, tomando conta da gente.

Na hora da perda, quis terminar com dignidade uma história linda que tinha começado há tantos anos. Escolhi o lugar para enterrar - um jardim muito verde, bem cuidado, e perto de casa para que eu possa ir lá sempre que sentir saudades. Há muitos anos, eu o trouxe para casa numa caixinha de sapatos. E foi numa caixa que o levei embora, no meu colo, chorando sobre o corpo vazio de espírito. Nessa hora, nem a religião me confortou. Senti pela primeira vez o que realmente é a perda de alguém querido, sem poder fazer nada para evitá-la. E descobri que tudo o que já chorei por namoros e besteiras é tudo um monte de lixo que não merecia uma única lágrima. A perda do Tuxi, sim, é que doeu fundo. E ainda dói. E lembrar dele me faz sorrir, mas também me faz chorar. É um amor eterno que nunca vai sumir, e é um companheiro que eu jamais vou esquecer. Que me fez companhia em todas as tardes sozinhas nos tempos de escola; que ficou ao pé da minha cama em todas as vezes que operei por algum motivo; que dormia comigo todas as noites encaixado entre as minhas pernas. Como sinto saudades desse gato!

Esse post vai ser somente do Tuxi. Agora estou incomodada com outras coisas também, mas ele foi e sempre será o nosso "guardião branco" como a minha mãe botou no Orkut, e ele merece um espacinho só dele aqui no blog.

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