Acho engraçado como a vida sempre acha uma forma interessante de nos ensinar.
Agora, quase dez anos depois, me aparece alguém tão igual à pessoa que despertou o pior que havia em mim: ira, ciúme, ódio, remorso, revolta, depressão.
Uma vez eu ouvi no Vencer que ainda que um fato se repita, nunca será igual porque o nosso momento é diferente em cada ocasião. E é a pura verdade! O que antes me envolvia, hoje me irrita, enoja e me afasta.
O problema é que reviver o passado tem trazido à tona os piores sentimentos possíveis (os mesmos que já citei). Eu diria que era improvável, mas é incrível como duas pessoas podem ser tão parecidas não só fisicamente, mas também nos defeitos de caráter.
A diferença é que hoje sou mais vivida. Aprendi pela dor, quase dez anos atrás. Cresci. Mas descobri que ainda que eu saiba identificar o que acontece, conviver com isso não me faz bem. E quando "instigada", a pessoa mostra o seu verdadeiro lado podre, baixo, vulgar e ofensivo.
Tive medo de ser impulsiva. Deveria ter sido. Em poucas horas, li tantas coisas que eram tão desnecessárias que me aborreceram por demais.
Se era pra testar o quanto eu aprendi a separar as coisas, está provado que aprendi. Ou se o teste era do quanto me gosto e me respeito agora, estou aprovada também.
Não sou mais carente. Sei que posso ser feliz sem alguém ao meu lado. E isso me dá força pra romper os laços que nem se criaram sem olhar pra trás.
Não é mais uma piada de Primeiro de Abril. A vida vem em ondas e o barco segue com elas.